quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano novo, vida nova!

Ouviu o primeiro estrondo e aproximou-se da janela do seu vigésimo andar. A noite escura era o cenário ideal! Mais um foguete subia em fúria para se desintegrar em luz e festa. Era o novo ano que chegava! Sabia que a vida era feita de contrastes, e por isso imaginou a sua queda, vertiginosamente bela, até se estatelar no chão. Festa é festa, e há ideias que não se têm em vão...

Carlos Lopes

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Pensava-te morta mas vi-te levantar, com o Sol nos olhos e a iluminar o mundo.

Manuel Santos

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Preocupações

Regressado de Madrid, estou pronto para regressar à escrita. Vamos dar ao blog o esplendor de antigamente, "bora"? (:
Tiago Correia.

Preocupações

Para abrir os olhos ao acordar teve que fechar o coração ao adormecer.

Esse local

Posto isto, embarquei rumo ao local para onde vão as almas sem perdão. Mas quando condenado a esse fogo, tiveste compaixão e levaste-me contigo para esse lugar onde não chove.
Não há alma sem perdão.

Pedro r Cal
Por favor será possível alguém fornecer um pré-aviso do futuro? Tudo o que peço é que me dêem uma árvore. Só isto. Das raízes trato eu.


cati

sábado, 26 de dezembro de 2009

No meio da minha caminhada, deparei-me com duas cascatas. Analisei as duas. No fim de uma delas, observei consecutivos rápidos, separados por curta distância uns dos outros. No fim de outra, fintei um rio, semelhante a um lago, comprido e parado.
A fonte deste viver nem sempre termina em águas calmas.

Maria M. Ramos

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!

Neste "mundo ao contrário", o Natal não escapa à avalanche do consumo e blá, blá, blá... Por isso, há que inventar histórias para melhorá-lo. Histórias com palavras por dizer.

Um Feliz Natal para o 10ºC!

* (não tenho tido muito tempo para comentar as vossas narrativas, mas prometo voltar à carga brevemente.)

Carlos Lopes

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Estrelas

Adormeceu enquanto estava deitado a olhar as estrelas, na noite escura da floresta, encostado ao pelo quente do cão que dormitava junto dele. Para ele foi o melhor natal.

Manuel Santos

O Bom do Mau

São aquelas dores que nos tornam insensíveis, que mais tarde recompensam o esforço e trazem alegrias.
Mijó


Esta narrativa foi uma pequena alusão a esta semana que passou..espero que gostem!

domingo, 20 de dezembro de 2009

-Nem te atrevas a pisar o risco!
-Tarde de mais, mãe, já pisei… – esboçando aquele sorriso que só ele conseguia fazer.

João Menino

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Quem és tu?

Um dia sonhei e procurei os teus cabelos ondulados como o mar, os teus olhos cor de céu, o sorriso como raios de sol, a tez como a areia dourada e o teu corpo a toalha onde me deito e descanso.
Quem és tu?
Desce se queres subir
Sofre se queres gozar
Chora se queres rir
Perde se queres ganhar

Pedro Dias

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Sabes?

Sabes voar? Não? Eu ensino-te a ganhar asas. Sabes viver sem respirar? Se não, eu ensino-te a aguentar. Sabes o que é amar? sei que não, mas vou tentar ensinar-te amares-me.

Catarina Garcias

PS: já não punha aqui texto há algum tempo. não sei se está alguma coisa de jeito...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

- Um nada, um todo, uma capa. Uma entranha codificada que ao pouco tenta aflorar, onde um vazio profundo é esmagado por superficialidades. Uma vontade e chama há muito perdidas, que talvez resultem num pedaço de algo impróprio, confuso e distante. Um ser desprovido de cor. Digamos que é assim que me sinto…

Com isto suspira, despedindo-se do último reflexo que observara de si próprio.


cati

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Uma última canção

Canta-me mais uma canção! Quero que o silêncio depois da despedida seja ainda um sopro da tua voz. Depois podes partir, se assim quiseres. Mas canta, canta-me um poema onde as palavras se despeçam da vida em tons de alegria. Para que o nosso fim tenha para sempre o som de uma canção que faça amanhecer o dia.

Carlos Lopes

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Porquê viver no limite se podemos saltar dele?
Pedro Dias

domingo, 6 de dezembro de 2009

Aqui estão mais duas micro narrativa, se bem que a primeira já tenha sido escrita há bastante tempo (quando eu andava no 7º, para ser mais precisa) e tenha sido escrita originalmente em inglês.

As lágrimas

Lágrimas são vagas da emoção, uma mensagem para o exterior. Elas esvaziam a alma da dor, do luto e de um emaranhado de outras emoções.
Lágrimas são o sangue da alma de uma ferida aberta no teu coração. Lágrimas são um bálsamo, mas as vezes a dor está tão profundamente embutida no teu coração que já não choras mais.
Lentamente, passas para um estado de completa indiferença e o teu coração gela cheio de feridas profundas, cicatrizes e golpes e deixas de amar…


Vontade de viver

Antigamente o tempo corria, os segundos passavam num instante e eu corria atrás deles tentando em vão acompanhá-los. Agora, já não sou eu que corro atrás do tempo, muito pelo contrário, é ele que se atrasa, obrigando-me a esperar impacientemente que ele volte a alcançar-me antes de partir outra vez, tanta é minha vontade de viver.

joana

sábado, 5 de dezembro de 2009

Sem sentido

- Tenho sono! - (boceja).
- Dorme.
- Mas... Não quero! - (resmunga).
- Dorme.
- Tenho preguiça! - (espreguiça-se).
- Dorme.
- Mas... - (já nada bate certo).
- Cala-te e dorme!

cati
Ela pergunta:
- Casaco com ou sem capuz?
- Com. Necessito-o em tudo.

cati

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Teste na Escola

Já vai algum tempo desde da ultima vez que deixei alguma coisa no blog. Mas garanto que li todas as micronarrativas que por cá passaram, embora não tenha deixado comentários na maior parte delas. Como os testes estão a acabar, acho que começarão a aparecer micronarrativas no blog mais frequentemente (pelo menos da minha parte :P ).
Já que estivemos todos ocupados com os testes, lembrei-me de fazer algo relacionado com testes e então decidi adaptar o meu texto do primeiro teste de português em formato de micronarrativa. Ficou menos banal e acho que até foi uma experiência que correu bem. O título é apenas simbólico.

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Teste na Escola

Foi um dia de céu azul com nuvens a tentarem pintá-lo. Enquanto olhava para uma simples parede feita de mosaicos quase quadrados preparava-me para aquele começo meio solitário. Era um momento parecido com tantos outros. Afinal aquele pequeno mundo é assim.

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Bom fim-de-semana,
Bernardo Viana Maya Vicente
Era uma vez... o fim.

Maria M. Ramos

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Disseste olá e eu, instintivamente, avaliei. Cabelo penteado pela mãe, gravata às flores, meias brancas, sorriso forçado. Ri-me, talvez um riso um pouco maquiavélico, e virei-te as costas. É tão bom ser eu.

nº 22
Tentativa de micro narrativa


Não se importou.
Caiu
e nunca se levantou.


Mariana
Após uma longa pausa (demasiado longa, alias) volto ao blog com mais uma micro-narrativa, que embora não seja exactamente micro, já é mais pequena que a primeira. Eu bem tentei encurtar só que eu adoro adjectivos, e para já virgulas, o que hei de fazer???
(O titulo ficou em branco porque eu não sei como hei de chamar o texto, quem quiser pode dar sugestões que eu até agradecia)
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Avança brutalmente, derrubando obstáculos, encurtando o espaço que existe entre os dois.
O murmúrio das pessoas atarefadas à sua volta extingue-se, Amália sente o seu corpo paralisar, somente os seus olhos acompanham o trajecto daquele monstro gigante e veloz que se aproxima.
Cerra os olhos e prepara-se para o embate, mas não sente nada de parecido, mas antes o corpo a liberta-se e a escuridão ilumina-se…
Acorda confusa, num quarto todo branco que está cheio de pessoas de batas, também elas brancas.
joana

Amores

Abriu o livro e escreveu:

Há amores que são assim. Sempre existiram e nunca acabarão. Nós é que não. Há amores que não deviam ser tão amores como são. Nós também não.

Depois sorriu.

Carlos Lopes

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Isto não é uma micro-narrativa! (parte IV)

Música nova. Desta vez é a minha adorada Joan As Police Woman!

Carlos Lopes

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Direi que... Estou apaixonada pelas riscas das meias que leva ao pescoço.



Acho que isto não é uma micro-narrativa, mas estava a pensar e simplesmente me apeteceu escrever...
cati
Sentado num rocha deixa a sua alma navegar pelo incerto, enchendo a brisa do mar com os infortúnios do passado.


cati

Calor de Inverno

O Inverno começava quando ela se vestia assim: um casaco pesado e quente, um chapéu da cor de um sangue que parecia ser o seu, iluminado, perturbante. Como ela, aliás. Há mulheres que não sabem ser de outra maneira, de outro jeito. Mulheres que sobram para além de tudo o que é perfeito. E quando esse Inverno começava, começava o Verão no meu peito.

Carlos Lopes

Talvez

Chamar-te-ei pelo nome quando me amares com o coração

Pedro Cal

Voar

Ele queria tanto voar que se atirou do telhado de um prédio...Foi direito para o céu.

Manuel Santos

Liberdade

Enfio o tédio num bolso, no outro o controlo sobre mim própria. Abuso da instabilidade eufórica nos momentos em que vale a pena ser infantil, para relembrar e reviver o feliz que fui. Que sou.

Marta Fatela

Liberdade

Quero libertar-me da minha infantilidade, da minha imaturidade, da minha irresponsabilidade, da minha instabilidade. Depois como me liberto do tédio?

Marta Fatela