Olhava o azul do céu, sentindo agudamente a voz do longínquo infinito. Portas abertas, sonhos adiados, à margem dos abismos de água.
Tocou a grade fria, num arrepio cortante daquela manhã de Inverno. Onde estaria que nada dizia, porque não o revia no horizonte que não acaba nunca? E ele que não aparecia, aquele rosto que já se esquecia no silêncio cortante de quem não conseguia mais ouvir aquela voz. E o eco do surdo grito da memória avançou para ela. Agarrou a madeira suja da solidão sem fim e, rodando sobre o seu próprio abismo, fechou a porta da alma que não amanhecia.
cati
cati, que bonito. bonito mesmo.
ResponderEliminar"agarrou a madeira suja da solidão sem fim e, rodando sobre o seu próprio abismo, fechou a porta da alma que não amanhecia."
um poema numa frase.
nem estou a acreditar no que acabei de ler. :O mereces os PARABÉNNNNNNNNS!!!!
ResponderEliminarANA OLÍMPIO