Só vejo preto. Preto, preto e mais preto.
Caminhos contínuos, entrelaçados em voltas infinitas, sem destino concreto, definitido ou sequer possível. Uma enorme mancha escura, que se estande na imensidão, onde represento apenas um ponto, agora quem sabe invisível. Barreiras, frio e ódio ligados como ímanes potentes e inseparáveis. Uma força derrubadora de qualquer elo de ligação, a tentar formar-se. Sinto o nada.
Repito só vejo preto.
cati
(desculpem fiquei muito tempo sem escrever nada no blog).
domingo, 31 de janeiro de 2010
sábado, 30 de janeiro de 2010
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Portão aberto
domingo, 24 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Saudade
Foste de viagem e deixaste-me para trás. Quando voltaste já cá não estava. Morri de saudades.
Sombras

Os gatos andavam pela casa como espíritos sem regras nem maneiras. Eram muitos, mas pareciam ainda mais, quando miavam em coro e se enroscavam nas pernas em jeito de conversa, como que a dizerem Olá, estou aqui! Mas a casa estava vazia, apenas habitada por gatos e pessoas que não pareciam pessoas nem gatos, antes sombras de um qualquer sonho que ninguém deseja ter. Uma casa onde as sombras eram gente sem vontade de viver.
Carlos Lopes
Síndrome do Infeliz e Desafortunado Mosquito Transmissor de Doenças
Pobre do homem, estava sempre onde não devia, tropeçava na rua, espirrou para cima do patrão, ajudou um ladrão, matou seu peixe e pisou seu cão, partiu candeeiro de seu irmão.
Família e amigos não sabe onde estão.
Pedro Cal
(não acho que esteja bom, mas diverti-me à brava a fazer este texto)
Família e amigos não sabe onde estão.
Pedro Cal
(não acho que esteja bom, mas diverti-me à brava a fazer este texto)
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Novas Tecnologias
- Vou acabar o mundo!
- Não te vou permitir! Há tempos que te chamo, mas tu nunca me ouves!
Então a mãe puxa a orelha ao filho, e leva-o para jantar.
Bernardo Viana Maya Vicente
- Não te vou permitir! Há tempos que te chamo, mas tu nunca me ouves!
Então a mãe puxa a orelha ao filho, e leva-o para jantar.
Bernardo Viana Maya Vicente
domingo, 17 de janeiro de 2010
Pára.
Falou sem parar. Em pânico, viu as palavras esgotar e o vazio a instalar-se. Com a adrenalina a correr pelas veias e o coração em sobressalto acabou por fechar os olhos... e respirar fundo. Então esqueceu-se do que tinha medo e sentou-se, tranquilo.
Marta Garrett :)
Marta Garrett :)
sábado, 16 de janeiro de 2010
(sem título)
Tiago Correia
_
As inscrições na pedra eram nítidas:
"Aqui jaz a Humanidade, desnorteada e abatida face à sua própria salvação."
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As inscrições na pedra eram nítidas:
"Aqui jaz a Humanidade, desnorteada e abatida face à sua própria salvação."
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
necessidade
Conseguia saborear o seu aroma e calor. Apenas precisava daquilo... Um pouco de nada, um tudo de muito, um simples gesto - aquele gesto. E assim ficou, durante o que se puderá chamar eternidade.
cati
cati
Inalcançável
Tentaria alcançá-lo, mas os esforços seriam em vão.
Perdi um coração.
Mariana
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Glória Passada
Descansa sereno no museu. Olho para ele e consigo sentir a emoção e a glória de tempos passados. O rugido furioso do motor envenenado pelo turbo, as pedras a bater no chassis, a multidão eufórica com a velocidade estonteante, mas agora isso é passado. Agora...Agora descansa sereno no museu.
Manuel Santos
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Love Letter
Esboçou um sorriso nervoso no instante de fechar o envelope. Beijou o papel imaginando o rosto apetecido, e nessa breve visão de luz provou o sal das lágrimas que choraria por ele. As palavras que acabara de escrever já não lhe pertenciam. Nem as palavras, nem o coração que nelas ia.
* esta micronarrativa foi feita a ouvir Love Letter,
do meu adorado Nick Cave.
Carlos Lopes
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
sábado, 9 de janeiro de 2010
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Veia minha, sangue teu
Rocei a sua preocupação ao perceber a sua pele. Tentei sofrer o que ela sentia apesar de não saber como verter um coração a parar.
Pedro r Cal
Pedro r Cal
domingo, 3 de janeiro de 2010
A janela
Gostava de ficar assim, olhando para o seu mundo, reduzido há muito à velha janela da sua sala centenária situada num bairro decrépito e esquecido. Ali, o tempo corria devagarinho, como dantes, quando ele ainda era um jovem a que o tempo não tinha vencido.
Remexeu no bolso, extraindo um fósforo solitário que usou para acender o velho cachimbo, repetindo assim esse gesto familiar, refeito vezes sem conta durante oitenta e sete anos. Inspirou fundo, sentindo o fumo encher-lhe a garganta. E assim ficou durante muito tempo até que alguém o encontrasse, o cachimbo há muito que se extinguira.
Remexeu no bolso, extraindo um fósforo solitário que usou para acender o velho cachimbo, repetindo assim esse gesto familiar, refeito vezes sem conta durante oitenta e sete anos. Inspirou fundo, sentindo o fumo encher-lhe a garganta. E assim ficou durante muito tempo até que alguém o encontrasse, o cachimbo há muito que se extinguira.
Joana Vicente
Caía neve!
Caía neve e vestia toda a aldeia com um enorme manto de seda branca, e ela da janela do seu quarto, buscava lembranças e esquecimentos em múltiplas dimensões da sua infância. Caía neve ...
Pedro Dias
Ao jantar
Pouca-terra, pouca-terra, uh, uh! E o comboio saltou da mão do rapaz para cima da comida.
Margarida Coutinho
Margarida Coutinho
As núvens
Sento-me. Não posso deixar de me maravilhar com a quantidade de formas e feitios que elas apresentam. Consigo observar a forma que quiser. Olha, ali está uma história!
Margarida Coutinho
Margarida Coutinho
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
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