sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A brisa fria e escura, matinal, arrancava sem carinho a palavra saudade do chão. Estava enferrujada e há muito que não se levantava da terra remexida. Desta vez -lo, mas não se voltou a deitar. É constantemente chorada por todos.
Ana

7 comentários:

  1. Óptimo Ana!

    A adjectivação neste texto é muito poderosa.

    Uma das interpretações que consegui ver foi a da morte, mas presumo que existam mais.

    :D

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  2. EStavas com medo, mas ficou óptima :')

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  3. A adjectivação cumpriu o seu papel - embelezou o texto e de que maneira!
    A minha interpretação imediata foi que às vezes sentimos uma imensa e constante saudade de qualquer coisa, até que nos apercebemos que essa saudade já é algo "enferrujada". Nessa altura, começamos a abandoná-la gradualmente, e perdemos a noção do carinho que sentíamos por ela. De repente, a saudade já não faz parte de nós, parte para sempre - o que é pena.
    Adorei! Parabéns!

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  4. que gira!! está excelente gostei muito
    Parabéns :)

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