segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Realidade Imaginada

Inicialmente apenas a sua beleza era visível.

Com o passar do tempo, do conhecimento e do sonho, esta enriquecia-se...pequenos adereços colavam-se e agarravam-se a esta imagem que dava passos em direcção à perfeição a todos os instantes... o tempo apenas lhe trazia uma crescente melhoria.

Aproximava-se da perfeição, estava apenas a escassos milímetros de a atingir... nesse mesmo instante penso...reflicto racionalmente pela primeira vez sem a influência da sua presença psicológica em mim.

Seria este ser mais do que uma pessoa normal? Alguém acima do vulgar indivíduo?

Percebi que não... era apenas uma ilusão.

Uma vulgaridade profundamente escondida.

Compreendo então que esta superioridade se encontrava em mim, na minha imaginação, na minha recriação daqueles momentos que se embelezavam com o passar do tempo.

Era uma outra pessoa...criada por mim.

E se seria melhor se fosse esta a que existisse? Nunca descobrirei.

Pedro Fialho

12 comentários:

  1. Fialho está tao profundo. Uma face oculta tua (:

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  2. Pedro: houve jazz à mistura ou nem por isso? Nunca descobrir faz parte do mistério da vida!

    Carlos Lopes

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  3. Bernardo Viana Maya Vicente16 de novembro de 2009 às 22:35

    Que horror! Chocantemente bom!
    Para além de ser um texto lindissimo, consegui logo ler o texto de múltiplas maneiras.
    Não há palavras para dizer mais, não esperava algo tão bom de alguém com quem tenho a oportunidade de conviver no dia-a-dia.

    Bernardo

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  4. Ah ah. Não stor, não houve jazz à mistura, apenas silencio.

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  5. Como é que vocês escrevem tão bem? Conseguem transmitir tantas emoções e sentimentos nos textos. Este teu Fialho deve ser dos meus preferidos. Está simplesmente lindo (:
    Parabéns mesmoo

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  6. Muito tocante fialho... "Nunca descobrirei"
    Sim senhor, o blog está onfire

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  7. Quem Marta?
    Eu ou o texto?

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  8. Não estava mesmo nada ha espera uma coisa assim... tas mesmo profundo... =)

    "Nunca descobrirei"

    Carolina

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  9. Fialho, surpreendeste-me. Citando o Bernardo, chocantemente bom!

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  10. Este é um daqules texto em que não faço a minima ideia do que comentar x'D
    Tá mesmo profundo, mesmo, mesmo!

    Adorei Pedro Mesquita Fialho ^^

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  11. Profundamente surpreendida :))

    GOSTEI MUITO!!

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