segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O homem e os seus demónios

Conta-se que foi tudo muito rápido. Que se foi deitar e que levou consigo, junto ao corpo, uma faca de fio muito cortante, que ele mesmo passara o dia a afiar. Nada mais se viu nem ouviu até ser manhã. Ao raiar do sol, o quarto era um manto de sangue e desalento. E há quem garanta que num canto do quarto, pequenos demónios dançavam em festa, em jeito de libertação.

Carlos Lopes

3 comentários:

  1. "...uma faca de fio muito cortante, que ele mesmo passara o dia a afiar." muito abusado.

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  2. (o que significa que adorei, lindo) :p

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  3. hmm este texto está muito profundo. Muito poderoso mesmo. "pequenos demónios dançavam em festa, em jeito de libertação". Esta frase é tao bonita, não no seu sentido, mas como está explicita e enquadrada. Está muito bom o texto stor!

    Para ajudar ainda mais é a imagem. Lindaaa

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