quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Pseudo-Deus

Desta feita, tentarei arrancar à minha cabeça duas micro narrativas. Como sempre, interpretem-nas como quiserem.
Tiago Correia.


Pseudo-Deus


Fixa o seu olhar no azul. Sem esforço, alcança-o. É normal, tendo em conta que é a sua casa. Contempla as figuras que se agitam até ao horizonte. Talvez pensem que alguém se preocupa.
Pois ele tudo vê. Tudo sabe.
Há quem viva do amor. Ele alimenta-se do ódio. Do escárnio. De saber que será superior. Não supera dificuldades, apenas se dá ao trabalho de criá-las.
Mesmo assim, é amado por tantos...

17 comentários:

  1. Irei dividir a minha resposta em duas partes.

    1º - Este texto não tem que ser obrigatoriamente sobre religião, por muito que o título possa levar para essa temática.

    2º - Não, sou ateu, apesar de não dedicar muito tempo a esse assunto.

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  2. Ah, e quero só dizer que, apesar de ter tentado escrever outro texto, não consegui produzir algo que valha a pena ser publicado.

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  3. Grande nota Tiago!! Fiquei mais esclarecido acerca do texto fantasmal...

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  4. Bernardo Viana Maya Vicente18 de novembro de 2009 às 20:09

    Acho que consegui interpretar o texto como o Tiago :D. Se não consegui pelo menos as ideias morais interpretadas por mim devem ser minimamente parecidas com as que o Tiago teve ao escrever este texto.

    Como hei-de dizer? Ah! Mais um texto fantástico do Tiago. Não sei se fantástico chega, acho que vamos ter de inventar uma palavra nova para caracterizar a qualidade dos textos do Tiago.

    Bernardo (Amanhã comento mais textos)

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  5. Se a Vida não fosse feita de dificuldades, não nos dávamos ao trabalho de vivê-la. A essência da Vida está em superar obstáculos e, atingir objectivos.
    'Ele' não é alimentado por sentimentos. Mas por Vidas.

    Texto interessante ^^
    Escreves bem Tiago Jorge 8D

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  6. tá muito bom, o texto!

    p.s.: olá senhor(a) anonimo(a), não se quer identificar? tenho curiosidade ^^

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  7. continuas a surpreender. continuo a admirar-te (:

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  8. Olá Senhor João Menino.
    Peço desculpa, mas neste momento não estou disponível para identificações.

    Nunca ouviu dizer que a curiosidade matou o gato? :P

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  9. Olá Senhor João Menino.
    Peço desculpa, mas neste momento não estou disponível para identificações.

    Nunca ouviu dizer que a curiosidade matou o gato? :P

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  10. que estupidez ^

    gostei do texto, nao concordo com algumas ideias mas sou tolerante a outros pontos de vista :p , alem disso é sempre bom haver opinioes contrárias que gerem discussoes interessantes :b

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  11. Temos micro-escritor (não na qualidade, bem entendido, mas na forma)!!! Acho que estás a aperfeiçoar a mão, digamos assim... Quando atingires o ponto, vai dar-te um gozo tremendo, vais ver!

    Carlos Lopes

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  12. Sou uma grande fã dos teus textos, mas não deste. Apesar de bem escrito, para variar, temos opiniões contrárias mesmo eu não sendo religiosa..
    Mijó

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  13. Como já escrevi acima, este texto não tem que expressar opiniões necessariamente minhas, nem tem que ser sobre religião. É sobre o que cada um entender.

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  14. Se és ateu, como podes escrever sobre alguém em que nem acreditas, ou que nem sabes se existe?

    Como podes afirmar que Ele se alimenta do ódio, do escárnio? Talvez (talvez... :P) o que Ele realmente faz é lançar o caos para que a humanidade possa superar e viver. Afinal, qual seria a graça viver num mundo sem desgraça?

    E se esta micro narrativa não é de teor religioso...então do que se trata? :/

    Não estou de acordo com o teu texto, mesmo assim não deixa de ser belo.
    Quero ler mais textos teus :D

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  15. Bernardo Viana Maya Vicente19 de novembro de 2009 às 18:02

    Interpretação (minha) básica não religiosa (se a ideia for mesmo essa):

    "Fixa o seu olhar no azul. Sem esforço, alcança-o. É normal, tendo em conta que é a sua casa. Contempla as figuras que se agitam até ao horizonte. Talvez pensem que alguém se preocupa." - Típico ser humano, ignorante, que não se esforça para alcançar o que quer e o que os outros querem, pensando que não lhe compete a ele fazê-lo.

    "Pois ele tudo vê. Tudo sabe." - Aqui há duas ideias, uma delas é que ele tem noção dos problemas ao seu redor, e a outra ideia realça a ignorancia (pois ele sabe que há os tais problemas, porque tudo vê, mas não faz nada, embora saiba).

    "Há quem viva do amor" - Ainda há gente diferente do sujeito falado no texto.

    "Ele alimenta-se do ódio. Do escárnio. De saber que será superior. Não supera dificuldades, apenas se dá ao trabalho de criá-las." - Estas frases dão-nos um bocado a ideia da expressão inglesa "If you can't beat them, join them.", ou seja já que é mais fácil o caminho da ignorância e impureza, a propósito é que deveremos seguir um caminho mais dificil e inferior a esse?

    "Mesmo assim, é amado por tantos..." - O sujeito que está a ser retradado no texto é uma generalização da sociedade dos dias de hoje.

    E acho que é tudo :). É a minha perspectiva totalmente não religiosa deste texto, mas se calhar não é a perspectiva exacta de como interpretei o texto realmente.
    Enfim, é um texto excelente, que certamente não deixou ninguém indiferente.

    Bernardo

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  16. «Quem ousar ser perdoado viverá do amor.

    Deus amou tanto o mundo que lhe deu o Seu filho!»

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