Boa noite,
Gostava de começar por pedir desculpa pelas "gafes" que cometi nos meus comentários ("em brevemente", "escrever-la" etc...).
Como prometido aqui está a minha segunda micronarrativa, menos "poética" e com uma estrutura mais forte. É um texto simples, mas estou seguro que ninguém vai ficar com pensamentos indiferentes.
__________________________________________________________
Ainda te lembras?
Ainda te lembras?
Daqueles tempos em que passavas os dias à procura de uma fada que te ensinasse a sua magia, e as noites de refúgio nos lençóis quando uma bruxa vinha perseguir-te com sua aura negativa?
Quando fazia mais sentido as estrelas terem apenas cinco pontas, e os corações ainda não eram simples órgãos que nos mantinham vivos?
Como era fácil errar naquilo que nos parecia mais certo, e aquela altura em que conseguias ler sem olhar para um texto?
Dos tempos em que ainda éramos amigos e íamos brincar no parque com as roupas que os nossos pais nos mandavam vestir?
Da nossa incapacidade de morrer?
De quando ias falar horas a fio, com aquele gato que estava abandonado na rua?
Ou talvez mesmo, quando mentias sem culpa?
A sério que te lembras?! Que chiste seria não querermos admitir que nos olvidámos destas memórias!
Fizeram-te esquecer de como vivias, esquecimento esse com a satisfação da influência.
Se o começo foi coberto com fantasia, como será que conseguimos continuar de modo tão grosseiro?
“Crescer”…
_________________________________________________________
Estou ansioso e entusiasmado por ver uma micronarrativa escrita por outro colega, e estou também com esperanças que a "ansiedade" não dure muito tempo.
Bom fim-de-semana,
Bernardo Viana Maya Vicente
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
"Da nossa incapacidade de morrer?"
ResponderEliminarIsto é absolutamente genial.
Ainda me Lembro...
ResponderEliminarAinda sinto...
Estou aqui...
Como esquecer?
Sinto-me a viver!
Sempre!
Gostei muito!
LyricMoon
Excelente texto, Bernardo. Em relação ao anterior, é um "upgrade". Dizes que é menos poético! Tremendo engano, Bernardo. Muito mais poético, na minha opinião. E melhor. Muito melhor.
ResponderEliminarTambém eu espero mais textos de mais "autores".
Carlos Lopes
vou em breve colocar uma "tentativa" de micronarrativa
ResponderEliminarestá MUIIIITO giro!
ResponderEliminaro teu texto está muito bom. Como o flip já referiu o "da nossa incapacidade de morrer" é absolutamente genial e faz pensar muito mesmo.
ResponderEliminarmas seremos nós já capazes de lidar com a morte?
Está muito bonito... faz pensar em coisas que já nos esquecemos há muito tempo Parabéns
ResponderEliminar