
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
O homem e os seus demónios

Lembranças Felizes
Estava ele sentado na relva primaveril, ainda molhada quando exclamou isto para o bloco de pedra que por três anos se mantinha inerte.
Toque
sábado, 28 de novembro de 2009
Um gesto
cati
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Isto não é uma micro-narrativa! (parte III)
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Resistência

Sei
Henrique VS
Sê
Henrique VS
Uma má história
O avesso do avesso
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Escada
Vejo as suas rugas contrariamente perfeitas, uma escuridão contrariamente ofuscante, uma curva contrariamente recta. O seu som desliza como dança num prato vazio e a sua cor enegrece face ao arco-íris. A cadeira encontra-se por cima da mesa e o peão permanece imóvel. A vida é justificada pelo sentido.
Salvem-me, está tudo doido!
Cati
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Tempestade
Acordei de noite com uma tempestade silenciosa. Uma tempestade tão brilhante que escurecia o mundo e tão fria que aquecia a alma. Estava espantado com aquilo que via mas num despertar demasiado sonolento , adormeci...
Manuel Santos
Ciclo da água
Joaquim Gonçalves
Câmara lenta
Joaquim Gonçalves
Caminho
Joaquim Gonçalves
Pária
Joaquim Gonçalves
Fatalidade
Joaquim Gonçalves
Auto-estrada
Joaquim Gonçalves
Indiferença
Joaquim Gonçalves
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
As Palavras Por Dizer
Palavra de honra
Desilusão
Espero que gostem!
Bernardo Viana Maya Vicente
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Desilusão
Enquanto olhava para aquela excelência de palavras, um buraco apareceu por baixo da minha insignificância. Caí. Quando voltei a mim apercebi-me que estava num sítio igual, embora tivesse consciência que estava naquele local onde tudo era diferente.
Eu sabia
Catarina Garcias Soares
PS: não sei se está bem, tentei reduzir e foi o que saiu, não está tão bom como os outros textos mas é o que consigo :D
Engolir lições
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Que acham? Eu gostei do resultado. :)
-JMS (João Serra)
domingo, 22 de novembro de 2009
Ganância ou Ambição?
Ganância ou Ambição?
Já tenho, já tenho! Mas quero mais, muito mais! Consigo tanto?
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Mais uma micronarrativa. As minhas próximas deverão ser um pouco maiores.
Até amanhã,
Bernardo Viana Maya Vicente
Memória
(A pedido de muitos leitores(1), envio outra micro-narrativa.)
sábado, 21 de novembro de 2009
Ainda

Um facto
Persistência
Um homem teve um acidente que fez com que se tornasse impossível voltar a andar. Logo, saltava.
- Tento projectar-me num futuro incerto, mas um ser superior impede-me. Grito, choro, permaneço. Ninguém me ouve.
- Sinto-me num jogo de marionetas, descoordenada e sem saber a minha posição.
- A sua insignificância é talvez poderosa. A sua imperfeição é algo perfeita. A sua nostalgia é devastadora. Sim, sou um ser estranho.
Cati
Eclipse
Eclipse
Imagina só aquele dia em que a Lua apareceu em vez do Sol.
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Bom fim-de-semana,
Bernardo Viana Maya Vicente
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Isto não é uma micro-narrativa! (parte II)
Espelho
Tiago Correia.
Equilíbrio
Tiago Correia
Patrícia
A Palavra Amigo
A Palavra Amigo
Fui ao dicionário, e encontrei umas poucas definições tolas. Em busca de algum significado procurei no fundo da alma, e lá estavam uns poucos e curtos nomes de algumas grandes histórias.
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Encurtei ainda mais no tamanho e espero que gostem :) .
Bernardo Viana Maya Vicente
Interior...
Observo, olho, analiso. Tento arranjar algum significado, descodificar o maravilhoso mistério que se encontra escondido. Tento, não consigo.
São tão grandes os sentimentos que nele penetram e tão variados os momentos que querendo ou não observa. São tão vividas as emoções, tão estrondosos os seus efeitos. Mais uma vez tento, não consigo.
Um estado de espírito, uma mentira, uma verdade podem ser evidenciadas. Um sorriso, uma lágrima, um grito, disfarçados. Quero ajudar, preciso de ajudar. Uma outra vez tento, não consigo.
Um brilho reflectido corresponde a mil pensamentos. Um alongar de forma, desejos secretamente revelados. Uma imagem, algo que se ama.
Fecho os olhos. Agora penso, descubro, ilumino.
Tento e sim,
Consigo.
Catarina Leitão
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Crescer... (actualizada)
- Mãe...Cresci... – pronunciou isto com ar de quem estava arrependida de crescer e queria voltar atrás para repetir tudo outra vez.
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Aqui está a antiga "micro narrativa" para se quiserem ler ^^
Crescer...
Queria ficar assim, ausentavam-se problemas, ausentavam-se complicações que a atormentavam, – Pensamos de mais – tentava arranjar soluções para os enigmas da vida.
Reflectiu sobre isto após ter experimentado uma camisola que por sinal lhe estava pequena, logo de seguida disse:
- Mãe...Cresci... – pronunciou isto com ar de quem estava arrependida de crescer e que queria voltar atrás e repetir tudo outra vez. Com isto ficou a pensar, porque é que mesmo assim somos infelizes adquirindo tudo aquilo que alguns não têm nem por sombras... Logo de seguida um pensamento súbito lhe emergiu na cabeça: ”Pensamos demais.”
Sentiu um enorme afecto e ternura que lhe percorreu o corpo, tendo assim, vontade de chorar:
- Eu sei... – respondeu a mãe com uma porção imensa de emoção e sentimentos. Ficaram a pensar durante momentos, olharam-se fixamente nos olhos, e logo percebi, ambas queriam ver o mundo de outra forma.
Mariana
Escolher tudo
Quero mais, sinto-me preparada, mas os meus joelhos tremeriam sob o peso da responsabilidade. Quero menos, sinto-me esgotada, mas cansar-me-ia o tédio, entraria em decomposição. Oiço um caminho... e cheiro uma estrada. Passo pé-ante-pé por uma rua sombria... e danço exuberantemente num largo onde bata o sol. Sussurro docemente ao ouvido de um amigo e canto a plenos pulmões para um cúmplice. Quero que só tu saibas... Quero que todo o mundo conheça.
Marta Fatela
Confusa
Confusa
Deitei-me, fechei os olhos e fiquei a espera que o sono me invadisse. Nada. Aquela pergunta martelava na minha mente, ininterruptamente. Liquei a luz atabalhoadamente e dei por mim com um papel e lápis na mão. Os traços começaram a surgir fluidamente. O entusiasmo apoderou-se de mim de modo assustador. As imagens começaram a compor-se, distorcidas, arrebatadoras, sem sentido algum. O que era aquilo? Tristeza? Felicidade? Confusão. Parei e voltei à mesma pergunta: Quem sou eu?
Catarina Garcias Soares
Para ti
Para mim, uma palavra é um reflexo de ti, uma parte da tua essência, uma parte do teu sorriso, do teu cheiro, do teu olhar concentrado, da maneira como afastas o cabelo da cara, dos teus gestos, da maneira como mordes os lábios quando estas nervosa, insegura. É por isso que eu necessito tanto de palavras, que as absorvo e guardo dentro do meu ser, porque se eu entender as palavras que te compõem, então te entenderei.
Mas por mais palavras que encontre, que descubra e que perceba, elas não chegam para te descrever, porque quando comparadas contigo tornam-se incompletas, miseráveis, desprovidas de sentido. É por isso que sofro, por não conseguir entender-te.
Viagem ao Paraíso sem Deuses
Interpretem como quiserem, talvez até interpretem melhor que eu. Em breve vêm mais duas micronarrativas.
Cumprimentos,
Bernardo Viana Maya Vicente
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Viagem ao Paraíso sem Deuses
Fechado na sua pequena caixa, acanhado a miseráveis coisas, lá está ele naquele beco sem saída. Vive naquele sítio onde o pouco sol é dormidor, mas ainda assim tenta iluminar aqueles que da pior maneira se querem tornar estupefactos com o seu redor. Pobre zote, aprisionou-se no seu próprio destino por vontade própria, conseguiu o que queria, um Paraíso sem Deuses, com a beleza da eternidade escura.
O mundo e o Mundo...
O vento acaricia a minha cara ferida por gente amada. O oceano compõe uma melodia de calma, que contrasta com o ruído de casa. A Lua e as estrelas iluminam a sombra, causada pela passagem daqueles que me ensinam. Sinto que esta planta, espezinhada e massacrada, por mim e por tantos outros, deseja a minha felicidade mais do que me é possível compreender...
Esta companhia, que não fala nem grita, consegue comunicar comigo melhor do que toda a minha espécie junta... e isso não me admira.
Todo o mundo me percebe, embora ninguém no mundo o consiga fazer.
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Primeira micro-narrativa aqui! Estive a comparar com as outras, e talvez não seja assim tão "micro", mas parece-me um começo. E, se for muito grande, posso meter um traço por cima de metade do texto até caber no livro.
=D
-João Serra
Saudade
Margarida Coutinho
O papel onde ele nasceu estava no meu bolso, amachucado, peguei e comecei a escrever, resultado: desastre após desastre! e aqui está o resulatado dos meus desastres, que a partir de um patinho (muito) feio, transformaram-se nalgo mais formoso!
have fun!!
João Menino
Do nada aparece… Ilumina caminhos, esmaga preconceitos e, cheio do seu oposto, acorda as pessoas para o amanhecer da loucura! Lentamente, desvanece-se, na luz da escuridão e cala-se… com um murmúrio ensurdecedor! Morreu? Não, ele ainda vive, persiste, luta interminavelmente debatendo-se no mais profundo íntimo, esperando o momento crucial para o seu majestoso regresso, quando menos esperamos, quando menos queremos, ele está lá… E no nada desaparece…
João Menino
Olhar
A cegueira
A dor intensificava o desespero, permanecia e cada vez mais apaixonada. Lembrava e relembrava os poucos momentos de alegria, queria que toda aquela agonia desaparecesse, mas tal, só piorava. Apercebia-se cada vez mais da estupidez e da ilusão com que vivera até então, ao pensar que "tudo dura para sempre"...
Espero que gostem!
Sinto-me Feliz
Vejo o mar. A sua cor e cheiro ofuscam as minhas tristezas, o seu som suave e tranquilo tocam no mais profundo do meu ser.
O seu toque gelado é um arrepiar de emoções e cada gota que desliza é uma recordação de pequenos momentos de felicidade. Um sorriso floresce na minha face. Não tento esconder, sou quem sou e sinto-me feliz.
Quero sentir-me assim para sempre.
Soraia
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Isto não é uma micro-narrativa!
Porque escrever?
Henrique VS
Um reflexo...
Arrasto-me um pouco para o lado e tento arrancar o que observei, mas a memória não o permite...
Como me transformei em algo assim? Quem sou eu?
Catarina Leitão
Pseudo-Deus
Tiago Correia.
Quanto a vocês não sei, mas para mim, tudo isto nos faz feliz.
E ser feliz é saber viver...
Umbelino, José
Começa um novo dia...
Umbelino, José
Ponto de situação!!!
Vácuo
Pensamentos abençoados por mentes torturadas pela sua falta, que rezam por uma inspiração...uma ideia.
Todos as queremos, mas nem todos as temos... Num mundo em que as têm se sentem iluminados e aqueles que não as têm sentem-se amaldiçados num esforço desumano para as ter.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Sentidos
Acordou diferente. A expectativa da mudança, da novidade. Saiu para a rua com os sentidos apurados, viu novas cores, ouviu sons curiosos, sentiu cheiros mais doces, experimentou texturas.
De um momento para o outro ficou escuro, deixou de sentir. "Não quero voltar ao que fui!". Tropeçou e caiu. Sem amparar a queda com as mãos. E assim ficou, estatelado, uma hora, um mês, um ano? Até que decidiu. "Não vou voltar ao que fui!"
Mas e a força? O sorriso? A cor? O som? O cheiro? A textura?
Ergueu o queixo. Desesperado, procurou. Então descobriu um olhar. “Anda, levanta-te.” “Não saio deste fosso tão depressa. É demasiado fundo.” “Não vês que é só um buraco na estrada? Anda. Levanta-te.”
Tocou-lhe na mão. Sentiu-a! Quente, algo áspera, tremia de esforço. Olhou de novo e viu cor naqueles olhos. Dourados, esverdeados. Magnéticos. Já não conseguia não ver.
Inspirou. Cheirou-lhe a lágrimas. Tocou-lhe na cara, no rasto húmido e quente de uma amizade pura.
“Não chores!” “Conseguiste.” “Não me largues!” “Nunca… Não me esqueças.” “Nunca.”
Marta Fatela
Conclusão
Tiago Correia.
Palavras Insignificantes
Poderias dizer as maiores parvoices do mundo que continuaria a adorar.
Aqueles teus momentos em que não dizes coisa com coisa...vais enunciando palavras que não têm qualquer relação lógica.... São os que mais gosto. Não preciso de tomar atenção ao que queres dizer e deixo-me envolver pelo teu discurso....
Palavras insignificantes, compreensão desnecessária...um prazer constante.
Delicio-me...Adoro.
Percebes?
Rita A.
Amizade
Nunca pensei que a dor e a saudade de perder um amigo fosse tão profunda e dolorosa. É como sentir que me vou perder, ficando solitária num Mundo gigante.
Pensar que nunca mais verei aquela cara alegre e o sorriso acolhedor que nos encaminha para mais um dia positivo, entristece-me a alma. E por vezes vejo a sua face perto de mim e ao mesmo tempo longe, não podendo abraçá-lo e dizer-lhe o quão falta eu sinto dele.
Quem me fará rir quando a melhor coisa que posso fazer é chorar? Quem me apoiará se eu cair?
Perder uma amizade é um passo difícil de dar.
Soraia
Gramaticalmente (in)correcto
Tenho uma escrita singular, às vezes parece-me óptima, outras vezes uma porcaria, mas acho que a escrita me caracteriza, tal como há pessoas que escrevem milhentos verbos separados por vírgulas.
Tou a pensar criar um tipo de escrita só minhas…sei que parece egocêntrico, mas o que acham? xD
Impossível definir, como duas mil facadas que não doem, um toque excitantemente ardente… não, não posso olhar, não posso cair na tentação, não posso… mas faço-o, porque o desejo carnal é instintivo, os valores desmoronam-se e aquele poder toma conta do meu corpo frágil e ridículo de ser humano.
Sons profundos, apodera-se o ambiente forte e possuidor, o rufar interior dos corpos fundidos no momento. Nasceu o fruto da proibição não proferida.
Acabou, olho mais uma vez e tinha desaparecido, tão rápido como o sonho, excedeu as expectativas…
Errei, mais uma vez desiludi-me e mais uma agulha penetrou na minha consciência, um momento marcante, único, raro…
Algo inatingível...
Uma força talvez surreal faz-me estremecer e prender onde me encontro. Uma voz desconhecida irradia um som que me quebra o raciocínio, o meu desejo. Tento avançar, lutar, mas apenas consigo que uma onda de impotência me trespasse a alma. Porquê? Porque não me consigo libertar do sentimento? Porque não me consigo afastar? Porque não consigo suster a força e magnitude desta pequena lágrima, que agora segue brilhantemente no seu caminho? Porquê?
Não sei. Simplesmente desejo, sonho, idealizo. A lágrima atingiu o seu fim. Consigo sentir o seu sabor salgado no meu lábio.
Catarina Leitão
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Perguntar?
Para quê perguntar quando sabemos a resposta? Respostas que não queremos ouvir pronunciadas, mas que mesmo assim, existem. São essas respostas que nos torturam, magoam e doem. Anseio fazer a pergunta à qual já sei a resposta, esperançosamente aguardando uma resposta contrária ao seu puro significado. Sabendo a resposta, mas não a querendo entender, esperando que seja diferente.
Será esta resposta a Realidade?
Realidade Imaginada
Espero que gostem.
Pedro Fialho
Realidade Imaginada
Inicialmente apenas a sua beleza era visível.
Com o passar do tempo, do conhecimento e do sonho, esta enriquecia-se...pequenos adereços colavam-se e agarravam-se a esta imagem que dava passos em direcção à perfeição a todos os instantes... o tempo apenas lhe trazia uma crescente melhoria.
Seria este ser mais do que uma pessoa normal? Alguém acima do vulgar indivíduo?
Percebi que não... era apenas uma ilusão.
Uma vulgaridade profundamente escondida.
Era uma outra pessoa...criada por mim.
E se seria melhor se fosse esta a que existisse? Nunca descobrirei.
Pedro Fialho
Medo
Mas as minhas dúvidas macabras e paranóicas travam-me aqui… Será a vida uma fase de aprendizagem permanente para a morte?
Rita A.
Equilíbrio
Perguntas que intrigam, em que as respostas são inacessíveis.
Véu
É frustrante. Por onde quer que vás, retornas à criação. O tempo está nublado, chuvas prontas a cair.
Supera os fantasmas críticos prontos a deitar abaixo a tua existência física, pois apenas corresponde a uma ínfima parte de ti. Nada até à Lua, quebra o véu que te prende a ti próprio. Sente, experimenta, erra, ergue-te perante o desconhecido sem forma.
O sentido está onde o procuras.
Saber...?
Apaixono-me por memórias, momentos. Por olhares, toques, sussurros. Pensei que não sabia o que era paixão.
Anseio por me conhecer, com a alma num susto de cada vez que paro para me olhar. Mas olho para trás e descubro que soube (o que é estar apaixonada). Talvez não soubesse, mas lembro-me agora que passei por isso. Provavelmente é tarde.
Momentos de êxtase que passam sem darmos por eles e que agora queremos voltar para os saborearmos melhor.
Como é possível estar derretidamente apaixonada pelo Passado e ter uma relação física com um substituto?! E continuar a ter esperança de que esse Passado cresça e nos apanhe.
Não sei se está certo ou errado... contentar-me com o Presente enquanto tenho a expectativa do Passado, ou do Futuro?, mas sei que nesta fase faz parte errar com o objectivo tortuoso de crescer.
Quero crescer. Quero amar. Quero saber.
Marta Fatela
O Sentido
E a dos outros?
E por fim compreendi... São os outros o sentido da minha vida....
Pedro Cal
A natureza é perfeita. As nuvens são perfeitas, as árvores são perfeitas, os pássaros são perfeitos. A natureza tem defeitos. As nuvens são distorcidas, as árvores são rugosas e os pássaros são todos diferentes. Será que nada é perfeito? Não, mas são os defeitos que fazem de tudo perfeito.
domingo, 15 de novembro de 2009
Pensamentos
E se quiser voltar atrás... ?
Pedro Cal
Padrão de Ideias Encaracoladas
Agradeço comentários.
Tiago Correia.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Ainda te lembras?
Gostava de começar por pedir desculpa pelas "gafes" que cometi nos meus comentários ("em brevemente", "escrever-la" etc...).
Como prometido aqui está a minha segunda micronarrativa, menos "poética" e com uma estrutura mais forte. É um texto simples, mas estou seguro que ninguém vai ficar com pensamentos indiferentes.
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Ainda te lembras?
Ainda te lembras?
Daqueles tempos em que passavas os dias à procura de uma fada que te ensinasse a sua magia, e as noites de refúgio nos lençóis quando uma bruxa vinha perseguir-te com sua aura negativa?
Quando fazia mais sentido as estrelas terem apenas cinco pontas, e os corações ainda não eram simples órgãos que nos mantinham vivos?
Como era fácil errar naquilo que nos parecia mais certo, e aquela altura em que conseguias ler sem olhar para um texto?
Dos tempos em que ainda éramos amigos e íamos brincar no parque com as roupas que os nossos pais nos mandavam vestir?
Da nossa incapacidade de morrer?
De quando ias falar horas a fio, com aquele gato que estava abandonado na rua?
Ou talvez mesmo, quando mentias sem culpa?
A sério que te lembras?! Que chiste seria não querermos admitir que nos olvidámos destas memórias!
Fizeram-te esquecer de como vivias, esquecimento esse com a satisfação da influência.
Se o começo foi coberto com fantasia, como será que conseguimos continuar de modo tão grosseiro?
“Crescer”…
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Estou ansioso e entusiasmado por ver uma micronarrativa escrita por outro colega, e estou também com esperanças que a "ansiedade" não dure muito tempo.
Bom fim-de-semana,
Bernardo Viana Maya Vicente
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Um melhor fim
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Um homem
É a minha primeira tentativa, e na minha próxima, pretendo construir um texto com uma estrutura melhor e menos "poética".
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Um homem
O Artur nasce. O Artur é inocente. O Artur cresce. O Artur é um homem. O Artur afigura-nos do que é. Bom e honesto no trabalho, rude e sujo em casa. O Artur é influído pelas desgraças do mundo e pelas pessoas que pelas mesmas foram também influenciadas. Deseja ele mudar a triste situação. Mas quem é ele para o concretizar? Mero pecador é ele, e o destino é de mau azar. Artur encontra a paixão. A paixão causou mentira. Mentira essa que causou dor na paixão, que por sua vez causou mentira. Artur é um ser condenado ao comum da humanidade. Artur não seguiu a humildade, e pobre homem que foi ele. Homem foi ele como muitos são. Muitos foram e mais serão. Fruto da paixão, nasce Damião. Artur morre, descontente e miserável em estado deplorável.
Damião é inocente. Damião cresce.